nada.
escrevi esta carta dezenas de vezes, mas nunca soube realmente o que escrever. não sei o que expressar, nem sei a razão pela qual a escrevo. talvez seja só por escrever. a minha alma está vazia, não encontro razões, nem palavras para descrever o que quer que seja.
não sinto o amor, não reconheço uma lágrima, nem mesmo o um sorriso. talvez esteja a escrever, pelo simples preenchimento de linhas, para que a minha alma sinta que tenho vários temas de escolha, e que a minha vida é preenchida com alegrias, lágrimas, infelicidades, aventuras... mas na verdade nada disso pertence ao meu ser. não tenho história, não tenho alma activa, nem mesmo planeamento de vida. tenho apenas nada, um nada muito vazio, escuro e assustador, às vezes perco-me nas memórias vazias, sou sugada por grande buraco negro, no qual encontro mais nada.
poderia ficar aqui a escrever, só pelo facto de escrever, mas não tenho assuntos concretos, nem mesmo interessantes para cativar a tua atenção, por isso ficarei pelo meu nada, pois esta carta não é mais do que um insignificante nada.
teresa coelho.

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